Inicialmente, o luto é muito dolorido porque nos esvaziamos de quem se foi e nos enchemos de nós mesmos, em nossa versão mais vulnerável.
Ao longo do processo, dois lindos encontros acontecem: voltamos a nos encontrar com aquele que se foi, agora internalizado e nos preenchemos de nós mesmos numa versão menos vulnerável, daquelas que só um sobrevivente reconhece em si.
E com isso, na maioria das vezes, saímos do luto mais preenchidos do outro e de nós mesmos.
Por isso costumo dizer que se trata de um processo cheio de vitalidade, ainda que permeado de algumas morrências.